domingo, 2 de maio de 2010

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Não sei se é uma grande descoberta, talvez não, mas de qualquer forma gosto quando a cabeça pára o maior tempo possível, caso contrário enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias e todas essas inutilidades que as cabeças guardam para deixar vir à tona quando as mãos estão desocupadas. Ocupo-as então, fazendo coisas que depois disponho pelos cantos.

domingo, 4 de abril de 2010

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Antigamente eu escrevia textos e textos de como a minha vida era vazia e ela precisava de um amor pra ser inteira. E depois que eu te conheci, escrevo de como ela está cheia, mas não só pelo amor que você me trouxe e sim pelo amor que você me faz sentir por mim mesma. Aprendi que ninguém me faz mais feliz do que eu, quando eu decido deixar a felicidade entrar. Destrui aquela barreira que existia a minha volta, em que qualquer sentimento que era rodeado de estrelinhas, e coraçõezinhos era impedido de entrar, lógico que a minha barreira é semipermeável, não entra qualquer tipo de sentimento, só os que me convém. Aprendi tudo isso comigo mesmo, mas lógico que a sua ajuda veio a calhar.



- let it be.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo. Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

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eu queria TANTO..

sábado, 20 de fevereiro de 2010

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O dia amanheceu, mas para Luíza ainda estava tudo cinza. Ela ainda continuava em sua cama, esperando dar a hora exata de ligar para Arthur e as cores voltarem para seus lugares. Então, depois de três toques ela ouviu a única voz que é capaz de fazer seu coração parar de bater.
Mesmo depois de tanto tempo, ela sentia como se fosse a primeira vez que ele falava com ela e a deixava tão feliz. Mas havia algo naqueles dias que não estava se encaixando, ela não entendia o que.
Apesar da voz de Arthur parar o coração de Luiza, ela não o tranquilizou. Porque era uma voz rude, onde deixava claro que as coisas nao se encaixariam tão facil:
- E tá tudo bem? - Luiza perguntou.
- Tá sim - Secamente Arthur responde.
A partir daí seu coração começou a não só a bater, passou a aceleradamente bater. Ela entendia que ela podia perde-lo a qualquer momento, mesmo que não fosse fácil aceitar, assim como ela entendia que ele nunca a perderia, porque ela pertencia a ele e seria sempre assim, ninguém mais tinha aquele poder sobre ela.
- Eu acho que não tá dando mais certo.
Quando Arthur disse todas essas palavras, demorou longos minutos para Luíza reorganizá-las em uma frase só e entender seu real sentido. Nesse momento começou a passar um filme, desde o dia que a mágica entre eles surgiu, naquela pracinha, num dia tão perfeito que ninguém poderia conhecer tamanha perfeição, e então nenhuma palavra deles fazia sentido ali.
Ela se perguntava Por Quê? Por que tinham tantos sonhos mas ele insistia em acabar ali? Por que não estava dando mais certo se pra ela ainda só existia ele? O que aconteceu?
Desligando o telefone, tudo ficou preto e branco, o acizentado perdeu o brilho, sua vida passou a ser totalmente negada por ela mesmo. Ela não sabia o que fazer, não sabia como seria dali pra frente, não sabia com quem falar, não sabia de nada. Porque até minutos atrás a única verdade que ela conhecia era sobre o amor que havia entre os dois.
Lágrimas percorriam seu rosto a mais tempo do que ela tinha sentido, e ela sabia que esse choro não teria fim, assim como a relação dos dois teve depois daquela ligação.
Ligou para Maísa, uma amiga que morava nos arredores de sua casa, era sua única chance de diminuir o choro e conter o desespero.
Quando Maísa chegou e ela se jogou em seus braços, pra fazer seu coração parar, pra não ter mais tantas lembranças, ela viu que ninguém seria capaz de conter o vazio que estava crescendo dentro dela. Ninguém não, havia uma pessoa, mas não havia possibilidades.
Passando o tempo, Luísa não via saídas, ela começou a se lembrar de quantas vezes ela ouviu da boca de Arthur as palavras "Eu nunca vou te deixar", ou "Para sempre", ela não via onde errou, não via onde parou de dar certo. Ela se lembrava de como ela se entregou pra esse amor e agora tudo estava acabado, de como ela foi idiota em acreditar tanto nele, e ele a enganar tanto.
Ela se lembrou de como aquele abraço se encaixava tão perfeitamente em seus braços, como tantas noites perfeitas ela sonhou com ele e acordou do seu lado, se lembrava dos dias que eles passavam juntos apenas se conhecendo. Tanta história pra acabar assim, pra não dar mais certo.
Até que horas passadas, o telefone voltou a tocar, e seu coração voltou a parar. Era Arthur, como ele havia prometido retornar, lá estava ele, assim dizendo que não dava pra continuar, que Luíza tinha que aceitar o fim.
- Aceita Luíza, acabou.
- Mas você não me ama mais?
- Não.
Lágrimas caíram o mais forte que se possa imaginar dos olhos dela, como assim não? E nesse tempo tudo que ele dizia? Mnetiras? Não dava pra acreditar que tanto amor acabou assim..
- Não me deixa Arthur, não faz isso comigo.
Então com as palavras de Luíza, ele percebeu:
- Tudo bem.
Foram meras palavras que fizeram as cores voltar para a vida dela, mesmo sem entender nada, ela só precisava dele, e ninguém poderia julgar, porque ninguém sabia o tamanho daquele amor.
E não dava pra ninguém entender, porque nem ela entendia, como aquele sorriso, aquela voz, aqueles carinhos deixavam com que tudo ficasse bem. Ela necessitava dele, ela ficou totalmente dependente dele, e não via o mal que isso estava causando a ela, mas mesmo assim ela estava feliz e é isso que importa, era essa a felicidade dela, ela tinha que ficar ao lado dele, ela só poderia ama-lo e a mais ninguém. Assim como ela só aceitava amor se fosse o dele.
E ficou tudo bem, tão bem que nem ela acredita. Como a felicidade dela é completa ao lado dele, e como tudo só faz sentido quando ele está por perto, tudo se resume a ele, porque foi isso que ela aprendeu nesse tempo, a amá-lo. E foi isso que ele ensinou para ela.
Ela não tinha saídas, e ela não queria saídas, ela está tão bem que não precisa de mais nada, agora ela simplesmente faz de tudo para não perdê-lo de novo, porque ela nunca mais quer sentir aquela dor que ela passou, aquele vazio que agora está completo porque ele está com ela, e será assim Para Sempre.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Quando eu tinha 4 anos eu perdi meu avô e meu tio, e eu não tenho como dizer que sinto saudade hoje, mas eu adoraria ter um avô e um tio como eles, eu não entendia como tudo acontecia, como a gente perdia alguém assim tão fácil, de um dia pro outro. Fazia tempo que eu não perdia alguém, aliás, que alguém ao meu redor não falecesse, e é um sentimento estranho, porque a morte é sim de uma hora pra outra, mas a ficha não cai assim tão rápido. Eu nunca soube o que dizer pra alguém que já esteve no meu lugar, assim como eu não sei nem o que sentir... e não paro de pensar que doeria mais perder alguém, do que alguém ao meu redor falecer.. não dá pra explicar.
vó filinha, 100 anos e 335 dias, mas para sempre no meu coração.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

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Descobri o cara. E meu Deus como eu amo ele. Pelado, louco, com a voz de um anjo tarado. As coisas são como são. Na hora certa.